A primeira delas é o inegável potencial da Apple em ditar tendências no segmento de smartphones, a segunda é o irreversível crescimento da consumerização (situação onde o funcionário traz seus dispositivos pessoais para o ambiente de trabalho).
Talvez não seja ele, mas serão dispositivos como ele...
Há uma restrição inicial para a adoção do iPhone 5 no mercado nacional, já que o novo aparelho não é compatível com os atuais SIM e Micro-SIM disponíveis no Brasil (o novo smartphone necessita de um Nano-SIM), além disso o padrão 4G LTE adotado pela Apple não suportará a faixa de frequência 2,5GHz leiloada há pouco no Brasil.
Entretanto, como os iPhones acabam sendo referência para fabricantes de dispositivos móveis, o futuro aponta para aparelhos com telas maiores e incremento no poder de processamento.
Qual o impacto dessas tendências no ambiente de trabalho?
É importante considerar 3 ameaças: Tráfego , Segurança e Produtividade.
Segundo Mark Urban, diretor sênior da Blue Coat Systems, hoje temos duas vezes mais dispositivos móveis por usuário que há alguns anos, e cada dispositivo demanda de 10 a 100 vezes mais tráfego. Urban ainda afirma: "em uma estimativa muito conservadora cada dispositivo móvel contribui com 15GB mensais de tráfego em redes corporativas".
Com o crescimento do BYOD (Bring Your Own Device) nas empresas é natural que o colaborador acesse dados através da rede WiFi. Quando poucos usuários possuíam smartphones essa demanda era simples de ser gerenciada. Atualmente a penetração dos smartphones é enorme e, com telas maiores e melhor processamento, o conteúdo a ser consumido tende a crescer a taxas alarmantes, resultando em custos com banda, infraestrutura e, sobretudo, despesas para gerenciar e manter políticas de controle de tráfego, webcache, proxy, otimização de WAN, balanceamento, roteamento, prioridades etc.
A presença de dispositivos pessoais no ambiente corporativo oferece riscos tanto na segurança "real" quanto na "virtual".
A segurança no mundo "real" envolve a exposição de documentos, apresentações, contratos e processos produtivos ao risco de uma fotografia ou filmagem.
Na segurança virtual os dispositivos pessoais oferecem o risco de trafegarem vírus, vazarem informações confidenciais e/ou estratégicas e, não obstante, comprometer legalmente a empresa por permitir o tráfego de material pirata, ilegal, obsceno, impróprio etc.
Essa seria a ameaça mais controversa!
Enquanto há empresas que culpam a internet pela baixa produtividade dos colaboradores, outras veem oportunidades e, inclusive, percebem aumento no rendimento das equipes.
Culpar o livre acesso à internet pela baixa produtividade de um funcionário é o mesmo que culpar a janela pela vista.
Colaboradores motivados e focados não se dispersam porque trouxeram seu smartphone para o trabalho! Pelo contrário! Acabam usando seus dispositivos para otimizarem seu tempo, aprimorarem suas qualificações, buscarem oportunidades, manterem um networking vigoroso e, em seus intervalos de descanso, estarem melhor informados que o colega que está folheando a revista do mês passado na sala do cafezinho!
Preparando o terreno...
Seja devido à chegada do iPhone5 às empresas, ou pela adoção de smartphones similares, não se pode negligenciar a necessidade de um planejamento de infraestrutura que preveja essa nova modalidade de consumo de tráfego e mitigue os novos riscos envolvidos.
Além da preocupação dentro do ambiente corporativo, é importante lembrar que a chegada de novos dispositivos ao mercado poderá impactar seus servidores com o aumento dos volumes de e-commerce e consumo de conteúdo; além de afetar rotinas de retaguarda como emissão de NFe, crédito e logística.
Configurações de servidores e switchs passam a ser imprescindíveis para que essa nova onda de dispositivos não colapse as atividades corporativas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário