Mitsubishi Heavy Industries sofre primeiro ciberataque do Japão

Mitsubishi Heavy Industries
A Mitsubishi Heavy Industries, principal fornecedor do segmento de defesa do Japão, anunciou hoje ter sido alvo de um ciberataque (o primeiro que se tenha notícia contra a indústria de defesa japonesa).

“Descobrimos que algumas informações do sistema, tal como endereços IP, foram alvo de ataques e isso já é assustador o suficiente”, indicou um porta-voz da Mitsubishi Heavy Industries citado pela Reuters, adiantando que “dados cruciais acerca de tecnologias e produtos estão a salvo”.

Pelo menos oito tipos diferentes de vírus de computador, incluindo cavalos de troia, foram detectados no quartel-general da Mitsubishi Heavy Industries e em plantas locais de produção.

Segundo alguns relatórios, os alvos dos ataques seriam as tecnologias de submarinos, mísseis e componentes para operação de usinas nucleares.

“É provavelmente a primeira vez que é detectado um ataque de hacking no Japão. É consistente com o que tem acontecido em grandes empresas de Defesa americanas”, indicou à Reuters Andrew Davies, um analista de ciberameaças que trabalha para o think-tank Australian Strategic Policy Institute.
Ainda segundo Andrew Davies: “Os japoneses fazem submarinos convencionais que estão entre os mais sofisticados do mundo... Eles têm soluções muito bem integradas com sistemas mecânicos, eletrônicos e de controle, por isso é uma proposta de ataque muito atrativa, conseguir o design de um submarino japonês”.

Um documento do departamento de defesa japonês divulgado no mês passado (depois de algumas das principais empresas do setor terem sido atacadas, dentre elas a Lockheed Martin) já alertava para o risco de ciberataques no segmento.
Um alerta é sempre um alerta...
Independente das ameaças ocorrerem no Japão, na Europa ou nos Estados Unidos, é interessante que empresas brasileiras atentem para esses alertas.
Se uma nova onda de ciberataques vem se alastrando pelo mundo, nada assegura que empresas brasileiras serão poupadas.
Diversas empresas nacionais já despontam no cenário global como referências em seus segmentos e, se chamamos a atenção do mundo, também chamamos dos criminosos.
Será que nossas empresas de petróleo, aviação, biotecnologia, ou mesmo nosso setor financeiro, estão devidamente fortificadas para essas ameaças?
Fica no ar a dúvida, seguida pela motivação de um planejamento nesse sentido.

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